sábado, 19 de março de 2011

O pecado de sentir falta

E de repente tudo volta aos olhos, como se você não apenas relembrasse mais assistisse um filme do passado deixado há algum tempo. A cabeça, mesmo pesada com as atribuições do hoje, ainda retém detalhes como o dia frio que você fervia de febre e as preocupações que você me causou. A alegria da aliança. O sentimento de que você poderia me deixar feliz a todos os instantes e para sempre. Ainda fica na boca o suave gosto apimentado de quando te beijava e a deliciosa vontade de querer você todos os instantes. Sensações que ainda se sente sem coragem de admitir e que ainda espera que aconteça de novo. Apaixonei-me uma vez. Acabou. E mesmo assim há marcas que não consigo esquecer. Suas mãos em meu corpo, a sensação gostosa de quando fazia carinho em suas costas e a vontade de te contar tudo que acontecia no dia. As vontades bestas que sempre tive, como quando comprava um bombom e te entregava cheio de sorrisos. E quantos sorrisos e quantas noites de choro você me rendeu. Este amor o primeiro e talvez será o mais intenso desta vida. Dói porque a gente não tem as coisas de volta. Porque você já não é mais você, aquele sabe, que tinha medo de algumas coisas, que não queria discutir sobre pontos de vista e pra quem eu expliquei sobre reta, plano e ponto. E ponto. Saudade dos abraços de comemoração dos nossos aniversários de namoro e de mim. De como eu era naquela época em que ficamos juntos. Em que vivemos juntos. Dói ainda pensar, que durante tanto tempo ficou em mim. Dói ainda querer quebrar todas as xícaras e querer acordar sua família. Dizem que o tempo cura tudo. Mas, como disse Caio Fernando Abreu: "Ai como você me dói!". E ainda muito, e muitas vezes, nessas solidões em que vivemos.

Saudades de você...

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