sábado, 30 de junho de 2012

O pecado da sinceridade

Hoje encontrei algumas das suas promessas. Eu li cada palavra pensando como eu sempre desejei ouvir cada uma daquelas promessas. Como eu estive perto do que eu valorizo. Um moço dolorido que tinha aberto o peito e dito que poderia me amar. E eu? Eu fugi. Sempre faço isso, sempre sofro as consequências de meninos que não sabem o que é dividir uma cerveja e acender um sorriso. Eu aprendi poucas coisas, mas uma delas foi que deixei uma oportunidade bonita desaparecer. Fiz você sofrer. Me fiz sofrer. Poderia ter sido diferente. Mas, o que fazer? A vida não nos espera para recobrar a realidade. Agora é seguir, com a certeza que preciso apurar os ouvidos e afinar os olhares. Não desperdiçar as coisas bonitas que aparecem. Eu perdi essa oportunidade, mas não deixei de reconhecer. Você me fez bem. Peço desculpas e assumo: a culpa foi minha. É o máximo que eu posso fazer. Que pena A. Espero que tenha sorrisos por onde passar. Um beijo terno e um abraço de arrependimento.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O pecado de escavar

Ultimamente as vontades tem mexido comigo. Estou com alguns desejos e muitas fomes que fazia tempo que não sentia. Vontade de escrever de novo sobre minhas românticas histórias e das coisas que vivi, vi e venci por aqui, por ali, e, às vezes, acolá. Estou pensando muito sobre tudo isso. Algumas vontades mexidas e alguns sonhos trabalhados. As vontades tem mexido comigo por causa de diferentes coisas. Textos que estou lendo, pessoas que estou conhecendo. Estou com vontade de conhecer, de mastigar, de experimentar de olhos fechados como o mundo é e no que eu posso saborear. Ultimamente as vontades tem me parecido mais amenas, mas não são menores. Pelo contrário, estou com vontades do tamanho dos meus dragões da época da infância... talvez seja um pouco dessa minha consciência de que as jujubas vermelhas eram mais gostosas... elas me lembram muito as pílulas de pecado que dissolvo por aqui...

domingo, 10 de junho de 2012

O pecado de ceder

De repente me deu uma vontade de ceder. Vez, lugar, tentativas... Uma vontade dessas boas de se deixar acontecer. Não sou de aceitar cortejos, gosto de brincar de esconde-esconde Gosto muito de fazer festejos de vez em quando, ao luar E de, por vezes, fingir não ser... Mas me deu uma fraqueza pensar num "pode ser" Me deu uma vontade de experimentar você Talvez seja carência, como você comenta, E quem sabe seja esse meu gosto por tormentas que faz meu pensamento tentar E quem sabe haja valsa, vinho, violão, vozes e veludo E quem sabe encontremos novos passos E outras danças e muitos traços E quem sabe a vida seja apenas isso Encarar que existem medos e vontades... Mas me deu vontade de tentar Me deu uma vontade boa de acreditar Parecendo até que nunca suspeitei da vida ser apenas uma boa brincadeira de pega-pega O bom, foi saber que me deu vontade... E quem sabe as vontades sejam próximas E nos aproximem outras vontades E haja valsa, versos e violão E haja vinho, veludo e paixão E quem sabe tudo não passe de ilusão Mas, aos poucos, percebo que é da ilusão que tudo nasce Então começo as preces pra nascer mais uma vez...