domingo, 22 de maio de 2011

O pecado do domingo

É cada vez mais difícil deixá-lo ir no fim do dia. É como se todas as minhas fichas estivessem sido apostadas em poucas horas naquela linda jukebox ao lado. Ainda quero dançar mais músicas e viver mais momentos contigo. Entretanto, chega a hora da partida e mais uma vez me deparo com esta sala branca, com a vida vazia, com minhas muitas letras inundando meus olhares e com a minha cabeça pensando no quanto é bom ter você em meus braços. Percebo que a cada dia, penso mais no que podemos ser, quero mais te contar momentos que eu vivo e ficar em silêncio curtindo este seu ar de não tenho ciúmes e ver nos seus olhos essa chama azulada de não gostei desse seu último comentário. Gosto dos seus beijos-mordidas, os de hoje, os de sempre, gosto do seus olhos tão profundos, do doce da sua boca, que me lembra um pão de mel bem recheado (com bastante recheio), ou então, um pote de 2 litros de sorvete de chocolate com raspas de chocolate e o que mais de doce tiver no mundo. Entretanto, mais um domingo, mais uma vez que você se vai, e fico com um tom agridoce, de encontrar-te e ter de deixá-lo partir.
Espero que tua saudade te traga mais rápido que o ponto final deste texto, que infelizmente, tende a se findar, para poder ser lido com a pureza de quem é deturpado por este tornado chamado amor...Amor? Amor! Amor.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O pecado do Sol

Uma manhã azul e inundante começou a clarear. Esta manhã de terça-feira teve um nascer do Sol diferente. Trouxe consigo alguns sorrisos e alguns abrigos que não sei explicar. Sempre tive sonhos de encontrar a beleza por alguma das ruas em que toda manhã passo em busca de conhecer novos conceitos, enfrentar novos desafios, criar novas aptidões. Ultimamente tenho sonhado pouco. As minhas oportunidades têm sido aquelas em que eu me armo, dos pés a cabeça e faço. Faço com consciência dos caminhos que espero trilhar. É triste pensar em hoje, em ontem e em amanhã, e eu tenho muito fixa em mim essa ideia inexata de datas.
Contudo, seu sorriso de boa noite mudou alguma coisa em mim. Me deu mais vontade de estar diante do Sol, de criar novas perspectivas. Deu vontade de limpar a casa, de lavar as roupas que estão no cesto, de viver, de fazer do meu cotidiano um lugar melhor para mim. Eu preciso parar de temer o amanhã, aprender contigo que ele virá e que devemos estar preparados para o crescimento e para as lutas que chegam de supetão e de mansinho, assim, quase que dicotômicas.
Hoje eu estou com vontade de dar risada, de riscar todas as falhas, de tentar novos caminhos e de pensar de diferentes maneiras de como aproveitar o tempo. Não é porque tenho 22 meses regressivos que tudo precisa de tempo. Vamos deixar de quantificá-lo e como disse William Blake "Veja o mundo num grão de areia, veja o céu em um campo florido, guarde o infinito na palma da mão, e a eternidade em uma hora de vida!"
Não sendo dado a autoajuda, tenho tentado compreender o mundo também sem o suplício da automutilação.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O pecado frio

Ontem o vento começou a dar sinais de que não restarão muitos dias de calor antes das quedas abruptas de temperatura que marcam o Inverno. Junho vem chegando e trazendo com ele esse tempo fofo e frio que nos desperta uma necessidade enorme de aconchego. E, nessa necessidade enorme, eu estava a estudar quando de repente...parece que uma porta bate com a força do vento, para que algo nos tira o sono, parece que o calor começa a sumir e eu constatei: - estou apaixonado!
Só pode ser isso. As comidas ficaram mais saborosas, as fotos e imagens de nasceres e pores do Sol ficaram mais bonitas. A lua de prata parece que invade meu quarto e quando não te vejo parece que meu dia não terminou. É, realmente eu estou apaixonado, ou desenvolvi um daqueles transtornos que as pessoas desenvolvem sobre pressão e não consigo mais fechar o sorriso quanto penso em você. Sinto falta quando não troco olhares contigo.
Entretanto, como o inverno, às vezes a gente acha que vai dar pé, que a gente aguenta ficar longe. Mas, às vezes, que horrível é ficar com o peito aberto nesse frio...incomoda não ter você para dar um abraço...

domingo, 8 de maio de 2011

O pecado de ser piegas

Segundo do dicionário online de português, piegas significa "Que ou quem é dado a pieguices. Pessoa afetada, ridícula nas maneiras, dada a infantilidades. Que ou quem é ridiculamente sentimental". Não posso discordar, ele me faz ser assim. Hoje me peguei no quarto andar de um apartamento olhando para o infinito azul que se misturava com o púrpura de outrora, outra noite, outro domingo. E quanto já falei de você nessas 48 horas que custaram a passar. Eu percebi o quanto quero dizer que gosto de você. "...e se eu tiver errado, que se dane o mundo..." sim, eu já estou ouvindo sertanejo por causa desse sorriso que me abre o dia. Em que o céu sempre se reflete imenso e límpido. E quanto sinto falta do teu abraço, dos teus momentos de fuga que terminam em beijo e das minhas risadas contigo. Sinto falta...apenas e tudo isso. Acho que você tem feito cada dia mais parte da minha vontade de acordar e o sono que me dá de vez em quando, é só pra dar coerência a isso. Porque quando eu te encontro, parece que meu corpo, cansado dos dias de entrega aos textos, diz: "-Pronto, agora que viu seu sorriso pode descansar". Contudo, gostaria de expressar neste aglomerado de bits o quando você me faz bem...Sem compromissos e com o abraço apertado que marca esse nosso um mês de desbravamento, eu desbravando você e você desbravando-me, sorrindo-me fazendo-me melhor...

Gosto muito de ti...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O pecado de questionar

Indagar é muito difícil. Partimos sempre do que somos para perguntar ao outro o que ele pensa ser e como ele agiria em uma situação hipotética. A questão é que durante muitos anos direcionei meu amor para mim. Como um espelho, meus parceiros e amantes eram quase que masturbatórios. E, em momentos de crise, quando eles não correspondiam minhas expectativas, entrava em surto. Chorava por ter perdido um grande amor que foi embora, que foi morto e tomou lugar um ser desconhecido.
Hoje, diferente de ontem e de amanhã, busco enxergar no outro as minhas perguntas. Perceber quais seriam as suas respostas. Tentar encontrar o outro num mar de perguntas próprias é muito difícil. Entretanto, para mim que nasci com essa curiosidade de analisar o mundo é complicado não tentar compreender o outro antes mesmo que este outro se compreenda. Sempre muito prestativo, esqueci que devo dar espaço para que outro busque seus caminhos. Portanto, eu tenho deixado perguntas e não mais respostas e perguntas e apontamentos como antes. Tenho tentado me humanizar mais, mesmo que seja difícil e tenho tentado dramatizar menos os meus dramas cotidianos em que sofro pela última gota a cair em um copo ainda vazio, que nunca chegará a ser tempestade verdadeira, pois sempre transformo o drama, com apenas uma gota, e não consigo esperar as tempestades.
Acho bom o quanto você me faz essa diferença. O quanto penso em mim, para pensar em você e me releio. Não tento descobrir o que faria ou se acha que seria útil ou não, tento descobrir o que eu quero saber de mim e como eu quero que você aja, para ter ciência de que não tenho o direito de levá-lo a pensar como eu, e sim, de te ajudar a compreender o todo. Ao mesmo tempo, acho que não devo me meter em sua formação como pessoa, mas isso logo some, entre as vontades de te abraçar e te beijar e de sempre discutir o que você acha que pode ser aquilo e como você o vê...

Eu vejo você e tenho ficado muito feliz por isso...