Há algumas semanas eu tenho encontrado entre tardes ensolaradas e noites abarrotadas de estrelas, esses olhos que me intrigam. O olhar forte e sereno pode penetrar as mais assustadoras armaduras, como o pessimismo e as autoflagelações que me impus durante tanto tempo. É bonito sofrer, é poético e dá samba, como verbaliza a interpretação do Samba da Benção, que Bebel Gilberto faz com maestria. E poucas são as cenas e pessoas que me tiram deste momento fúnebre que há tanto tenho mantido. E, mesmo quando muitos fazem hinos aos olhos claros, eu faço questão de ressaltar a "tempestade que é da cor dos seus olhos castanhos", que cantou Renato Russo. E que tempestade. Olhar no fundo dos teus olhos é como mergulhar em uma tormenta. É como pensar em novidades mesmo imerso em tantos processos e tantas lutas internas sobre mim e sobre o mundo que vejo. Esses olhos dão esperança a este pobre poeta que de pecador só tem essas pílulas diluídas em blog. Ver-te parece tão bom. Dá vontade de tentar mergulhar realmente nestes mistérios que parecem sombrear o desenho arredondado e perfeito dessas íris que combinam com esse sorriso leve que tens. E o que acontece agora? - posso ser indagado pelos leitores destes desabafos. Ainda não sei se terei coragem de perguntar seu nome ou de me aproximar. O que acontece agora é que estou anestesiado com o castanho e que o mundo pareceu hoje o menos pesado possível.
Sorrisos estão por vir...dá pra sentir o cheiro no ar...
http://www.youtube.com/watch?v=EYwWNbGYW7c
ResponderExcluir