Uma manhã azul e inundante começou a clarear. Esta manhã de terça-feira teve um nascer do Sol diferente. Trouxe consigo alguns sorrisos e alguns abrigos que não sei explicar. Sempre tive sonhos de encontrar a beleza por alguma das ruas em que toda manhã passo em busca de conhecer novos conceitos, enfrentar novos desafios, criar novas aptidões. Ultimamente tenho sonhado pouco. As minhas oportunidades têm sido aquelas em que eu me armo, dos pés a cabeça e faço. Faço com consciência dos caminhos que espero trilhar. É triste pensar em hoje, em ontem e em amanhã, e eu tenho muito fixa em mim essa ideia inexata de datas.
Contudo, seu sorriso de boa noite mudou alguma coisa em mim. Me deu mais vontade de estar diante do Sol, de criar novas perspectivas. Deu vontade de limpar a casa, de lavar as roupas que estão no cesto, de viver, de fazer do meu cotidiano um lugar melhor para mim. Eu preciso parar de temer o amanhã, aprender contigo que ele virá e que devemos estar preparados para o crescimento e para as lutas que chegam de supetão e de mansinho, assim, quase que dicotômicas.
Hoje eu estou com vontade de dar risada, de riscar todas as falhas, de tentar novos caminhos e de pensar de diferentes maneiras de como aproveitar o tempo. Não é porque tenho 22 meses regressivos que tudo precisa de tempo. Vamos deixar de quantificá-lo e como disse William Blake "Veja o mundo num grão de areia, veja o céu em um campo florido, guarde o infinito na palma da mão, e a eternidade em uma hora de vida!"
Não sendo dado a autoajuda, tenho tentado compreender o mundo também sem o suplício da automutilação.
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