domingo, 4 de setembro de 2011
O pecado da pretensão
Ser é um pouco mais do que se espera. Isso pode ser pretensão? Não sei. Ou sei, mas quero ser pretensioso ao ponto de acreditar que nada pode ser algo que realmente vemos, mas apenas algo sentido. Sem sentido, com toda intenção. Intenso. O que é ser alguém inesquecível? Eu sei que marcar a vida de uma pessoa pode ser muito dolorido e doloroso. Somos assim. Doloridos, dolorosos. Cheios de dores e chagas que são armaduras e armadilhas em dias de céu aberto. Somos pretensiosos no momento em que queremos mais. Somos pecadores natos. Nascemos exercendo o pecado de vir-a-ser. Devir. Dever. Devemos acreditar que poder passa nosso entendimento. Meu manto de palha me faz ver. Me faz enxergar o mundo por entre as serragens? Que somos nós, se não heróis quixotescos. O que somos se não arlequins, columbinas e pierrots. Todos e ao mesmo tempo apenas uma máscara nos protege. A pretensão de ser pecador. O pecado de ser pretensioso. O que nós sabemos? Tão pouco e tanto, que não contamos os grãos de areia e as pedras de cada lugar. O mar. Somos esse infame ato de pecar. Pretensão.
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