Ter um cúmplice. É isso. Ao vivermos um relacionamento, sentimos necessidade de que alguém testemunhe nossa vivência, nossa existência e nosso absurdo medo de vivermos só. Solidão. Esse talvez seja o maior medo dos seres. Não ter outro a não ser o reflexo do espelho. Existe medo em pensar-se, em viver-se. Então, o outro se faz tão importante. Você foi um cúmplice maravilhoso, daqueles de cinema. Daqueles mocinhos gostosos que fazem a gente pensar o quanto é bom estar apaixonado. Apaixonar-se é aceitar a perfeita relação que pode acontecer. Nunca será perfeita, mas poderá sempre ser o que quisermos que seja. Os cúmplices devem entender-se, enxergar-se, fazerem-se companhia. E fizemos, e foi bom. E durou o tempo exato para deixar uma saudade gostosa de tudo. Do bilhete, do primeiro abraço, do último beijo. Sempre fica na memória, o bom de tudo que aconteceu. Vivências que vivem em palavras que são lançadas. Como disse Clarice Lispector, eu publico para poder tirar de mim. E quero deixar longe a ideia de que foi apenas cumplicidade. Não. Não foi. Foi um todo, foi um tudo. Um momento gosto de aprendizado, de sorrisos e de vontades, algumas sanadas, outras que ficaram, mas sempre fica. Obrigado por tudo. E espero que nossas estradas continuem próximas e que as visitas sempre sejam repletas de sorrisos e boa companhia, como sempre foi.
Um beijo, bem adoçado com pecado. O pecado de ser um cúmplice que fará falta, mas que é o essencial para garantir e assinar: foi um relacionamento como poucos. Foi uma caminhada deliciosa. Bom caminho, bons caminhos, para nós dois...
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