quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O pecado de desistir

Simplesmente fica insuportável. Simplesmente não há mais o que fazer nem para onde correr. Dá vontade de simplesmente esquecer de tudo que foi dito. De tudo que foi silenciado para uma boa convivência. De repente, ou mesmo devagar percebemos que não dá. Intragável. Sem perspectiva. E chega a hora de deixar. Deixar o rio fluir, deixar o tempo passar. Deixar o dia virar tudo e da maneira que deve acontecer. Largar a mão. Soltar as rédeas. Deixar o indomável do dia galopar pelos campos do tempo e do espaço. Quebrar porteiras, rasgar vestes. Simplesmente deixar. Já dá para sentir o gosto de choro na garganta. Acabou. Está tudo acabado. E mesmo querendo, sempre tem a hora de jogar a toalha. De desistir antes que tudo vire ranço, vire fraqueza, estrague os dentes e os dias com poucas nuvens. O céu volta a nublar. Realmente temos pouco a decidir em dias nublados. Mas temos muito a contemplar. Há momentos, que a única coisa que podemos oferecer é solidão com vista para o mar. E se não há para onde ir, qualquer caminho é um caminho. Good luck...

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