sábado, 6 de agosto de 2011
O pecado do mausoléu
Nosso território. Nossas delimitações. Nossa tumba. É assim o nosso espaço. É em nossa casa que acendemos velas aos nossos mortos, é nela que pensamos e que refletimos sobre o tempo em um só tempo e os espaços que percorremos no período em que não estamos em nosso território. A importância dele está exatamente na sua existência. No nosso querer. Não é necessário ficar. Ficar é querer permanecer. Mas é necessário não nos esquecermos. Termos casa. Termos túmulo. É difícil pensar no mundo se nosso mundo não está constituído. Nada pode ultrapassar nossas margens. Não sem nossa permissão. E nós? Podemos sair de nosso território sem nos permitirmos? Medo. Angústia. Ansiedade. Curiosidade. Efeitos. Grandes feitos. O território tem sempre portas. Quais são as chaves? É em uma delas que se encontra o segredo do pecado.
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